Balanço do IV Congresso da Cidadania Lusófona

 
De ano para ano, o modelo dos Congressos da Cidadania Lusófona, coordenados pelo MIL: Movimento internacional Lusófono em parceria com outras associações da sociedade civil, de Portugal e dos restantes países e regiões de língua portuguesa, tem sido afinado. Neste quarto Congresso, julgamos ter chegado ao modelo (quase) perfeito.
Obviamente, há sempre pormenores a melhorar e subsiste o problema de sempre: o público. Ainda que, no primeiro dia, devido sobretudo ao “factor D. Duarte” (a quem foi entregue o Prémio MIL Personalidade Lusófona), tenhamos conseguido encher a grande e magnífica Sala Algarve da Sociedade de Geografia de Lisboa, com várias centenas de pessoas.
Quanto à cobertura dos “media”, ou à falta dela, talvez seja até melhor não haver. Neste ano, o Canal Q cobriu parte dos trabalhos do segundo dia e centrou toda a sua abordagem na questão da Guiné-Equatorial. Espantoso: estão mais de uma dezena de associações da sociedade civil a fazer o balanço da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, vinte anos após a sua criação, durante dois dias, em reflexão partilhada com uma assistência interessada e participativa, mas, para os nossos “media”, “isso agora não interessa nada”.
Conforme reiterámos na mesa de encerramento deste IV Congresso da Cidadania Lusófona, presidida pelo Professor Guilherme de Oliveira Martins, que, uma vez mais, fez questão de estar presente, nós somos, porém, maratonistas. Sabemos bem que este caminho de convergência entre todos os países e regiões do espaço lusófono – no plano cultural, desde logo, como também nos planos social, económico e político – é uma corrida de fundo.
Por isso, iremos continuar – que ninguém tenha a menor dúvida quanto a isso. No próximo ano, irá decerto decorrer mais um Congresso da Cidadania Lusófona. No devido tempo, anunciaremos o tema, a data e o local. Há vontade de levar estes Congressos a outros países e regiões do espaço lusófono. Veremos se isso será possível já no próximo ano. A única condição imposta é que se mantenha a representatividade alcançada nestes quatro Congressos já realizados – em que estiveram representados todos os países e regiões do espaço lusófono. Decerto, eis o que se irá manter e até reforçar nos próximos Congressos.
Quanto ao balanço da CPLP, houve uma sintonia no diagnóstico e na terapêutica: se a CPLP não tem feito mais em prol deste caminho da Convergência Lusófona, tal decorre não tanto por incapacidade própria, mas, sobretudo, por falta de empenho dos diversos Governos, que, ao longo destas duas décadas, nunca apostaram suficientemente nesta plataforma político-diplomática. Daí que, face à inércia dos diversos Governos, sempre mais preocupados com as próximas eleições do que com desígnios estratégicos, é à Sociedade Civil que cabe, em primeiro lugar, abrir este caminho da Convergência Lusófona. 
 

 


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